Resumo: Aspectos vários da experiência dos limites que o romance vem encenando desde a década de 60. A importância do «nouveau roman» francês - mas também da ruptura modernista e de reflexões do período finissecular - na questionação do género romanesco. O clima cultural e artístico em que se desenvolve a questionação do modelo romanesco pelo «nouveau roman». A recepção destas interrogações em Portugal, a sua afirmação literária na década de 60 e as reacções da crítica. A encenação de novos processos de elaboração romanesca na literatura portuguesa dos anos 70 e 80, já mais liberta da influência tutelar do «nouveau roman».

Resumo: A linguagem das relações sexuais nos romances de Eça (asseada, doméstica e decorosa). A oposição de Maria Velho de Costa ao romance eciano: no património, na propriedade e no patriarcado. Questionação do romance clássico via metaficção e improvisação. 'Missa in Albis': entre o concreto e a aproximação ao concreto. O ataque à coesa e afiliada organização sociotextual em 'Missa in Albis'.

Resumo: A vocação dialógica de 'Irene ou o Contrato Social', e a sua particular relação com a figura humana e autoral de Irene Lisboa. Caracterização, a diferentes níveis, da criação literária de Irene Lisboa. Vários intertextos importantes no romance referido de Maria Velho da Costa: Shakespeare, Maria Gabriela Llansol, Rimbaud. A citação como homenagem. A citação como um fim lúdico-judicativo. O convívio entre uma suposta cultura superior e a popular-mediatizada. Intertextualidade não literária na obra referida.

Resumo: Poesia portuguesa dos anos 60: novos rumos. A exploração da palavra e os limites da linguagem.

Resumo: O lugar de Sophia no processo de emancipação da criação literária portuguesa de autoria feminina. «Consolatio Philo-Sophiae»: Sophia retratada, no espaço liminar da sua antologia, como elemento da linhagem antiga de personagens femininas portadoras de sabedoria. O sexo da poesia ou a diferença simbólica entre o feminino e o masculino no espaço poético de Sophia. A autora identificando Fernando Pessoa com Orpheu e Ulisses. A conjunção feminina e maternal de Sophia aplicada terapeuticamente ao universo fragmentado, disjuntivo e orfão de Fernando Pessoa. Sophia e o diálogo com a alteridade radical e antitética de Álvaro de Campos. A «Glosa» de Sophia, espaço de cruzamento, não de confluência.

Resumo: O horizonte da revolução na literatura portuguesa pré-25 de Abril. A literatura portuguesa em cima do 25 de Abril e no imediato pós-25 de Abril. Os herdeiros do neo-realismo e o momento revolucionário e pós-revolucionário. A literatura portuguesa pós-25 de Abril: a revolução vista com olhos do passado; a circunscrição do silêncio e a vontade de o dizer; a festa da imaginação; a ficção como autognose colectiva; a passagem da revolução-reflexo escrito para a revolução da escrita; os textos da sombra da revolução.