Resumo: Torga, herdeiro da tradição diarística confessional e individualista. Diário íntimo, literatura e vida. O auto-retrato torguiano. A clandestinidade do redactor de 'Diário'. Característica de Torga diarista.

Resumo: A contiguidade dos conceitos de tensão e refração na obra de António Ramos Rosa. O espaço-tempo habitável, absoluto, do poema ramos-rosiano. Uma poética da nudez, da ascese e do despojamento. O mito do eterno retorno como um dos principais motivos desta poesia. A recusa da transcendência, a par de uma metafísica em que a natureza assume um caráter edénico.

Resumo: «Fazer mundo» na poesia de Glissant, Al Berto e Gilberto Mendonça Teles. O sujeito nómada e os seus mitos pessoais. Sujeito lírico agregado ao conceito de Ilha. A geopoética, a geografia dinâmica e os lugares imaginários. O espaço físico-onírico do sujeito nómada. Revalorização da noção de cosmos: «O poema do mundo», poemas-mundo, poemas-cosmos, «caosmos».

Resumo: A partir de documentos inéditos sobre a criação artística, tirados do arquivo pessoal de Salette Tavares, notadamente o livro ‘A Dialéctica das Formas’, analisa-se o conceito de «forma aberta» segundo a artista. Síntese do livro inédito, considerado desde a exposição das fontes da «forma aberto» até à sua ativação na criação de Salette Tavares, em particular a Poesia Experimental e a narrativa inédita «Irrar». Análise de obras ulteriores, mais pormenorizadamente ‘Menez’ (1982). Ligadas com a «forma aberta» encontram-se expressões como «interior aberto» ou «vibrar aberto» para caracterizar a pintura de Menez. Faz-se também referência ao último poema de ‘O Fazer da Mão’ (1970) onde Salette Tavares desenvolve a sua filosofia da perceção que a leva a uma verdadeira ética aplicada ao «eu autor», ampliado pela sua própria abertura.