Resumo: Os traços pós-modernistas existentes, mesmo que de uma forma embrionária, em 'Uma Família Inglesa'. A figura patriarcal de Richard Whitstone e as críticas que subjazem à sua afirmação romanesca. O poder feminino da figura virginal e angélica de Jenny. A relação entre Carlos e Cecília como cenário de interrogações sobre o conhecimento e a subjectividade, a verdade e a realidade, como paródia da novelística romântica e como forma de crítica social. O duplo discurso de 'Uma Família Inglesa'.

Resumo: A concepção de Gaspar Simões da evolução de Pessoa e a consideração, ainda do mesmo autor, da heteronímia pessoana como uma mistificação, sendo Caeiro a excepção. A consciência-de-si em «The Solitary Reaper», de Wordsworth, e em «Ela canta, pobre ceifeira», de Pessoa. Caeiro, o anti-Wordsworth e o anti-Kant. O paganismo de Alberto Caeiro. A oposição reactiva de Caeiro a Teixeira de Pascoaes.

Resumo: O puzzle intertextual de Caeiro: poetas bucólicos de língua inglesa; zen; taoísmo; S. Francisco de Assis. Caeiro, o paganismo e o cristianismo. Crítica à aproximação entre a obra de Lucrécio e a de Caeiro. Caeiro, poeta satírico.

Resumo: Convocação do mito de Ícaro e dos motivos da ascenção e da queda na poesia de Mário de Sá-Carneiro. O poema «Simplesmente...» como ilustração do fenómeno de «clinamen»: passagem do «plano horizontal» de Cesário para o plano da verticalidade, característico de Sá-Carneiro.