Resumo: O escândalo 'Orpheu' e a disparidade de posições entre os elementos da revista. O objectivismo radical de Caeiro. A existência de uma única vanguarda portuguesa no séc. XX, centrada na heteronímia pessoana (criação emuladora da Renascença Portuguesa). Consequências da heteronímia sobre o tópico ostensivo da poesia e da prosa pessoanas: o sofrimento da consciência de si. Winckelmann precursor de Goethe, via Walter Pater. A arte pagã da escultura e as artes romântico-cristãs da pintura, da música e da poesia. O modo como o sentido dos heteronímios pessoanos se condensa nos seus nomes.

Resumo: O lugar de Sophia no processo de emancipação da criação literária portuguesa de autoria feminina. «Consolatio Philo-Sophiae»: Sophia retratada, no espaço liminar da sua antologia, como elemento da linhagem antiga de personagens femininas portadoras de sabedoria. O sexo da poesia ou a diferença simbólica entre o feminino e o masculino no espaço poético de Sophia. A autora identificando Fernando Pessoa com Orpheu e Ulisses. A conjunção feminina e maternal de Sophia aplicada terapeuticamente ao universo fragmentado, disjuntivo e orfão de Fernando Pessoa. Sophia e o diálogo com a alteridade radical e antitética de Álvaro de Campos. A «Glosa» de Sophia, espaço de cruzamento, não de confluência.