Resumo: 'Os Lusíadas' como um poema sobre 'Os Lusíadas'. Vénus, mimese, intertextualidade e auto-referencialidade poética. Análise de 'O Espelho de Vénus', de Edward Burne-Jones, tendo em vista as questões da relação entre natureza e arte e das condições do acto mimético. A história dos desastres amorosos do Adamastor como uma lição de introdução aos estudos literários, a relação do episódio com as 'Metamorfoses', de Ovídio, e a questão da indistinção entre arte e vida. A conformação do real ao literário, aos modelos prévios, à anterioridade da poesia. A vaidade da mimese poética. Uma relação intertextual entre Petrarca e Ovídio, ou uma outra confirmação do princípio já exposto da relação entre vida e arte. A autobiografia como experiência de releitura de textos que precedem factos. Camões e Petrarca no que diz respeito à possibilidade de satisfação amorosa. Exemplos vários do modo como a literatura consiste na apropriação totalmente desimpedida de outros textos, nomeadamente em obras que tematizam a pornografia: Camões usando Petrarca; Cesariny usando Aleister Crowley e Cesário Verde.

Resumo: Condicionamentos histórico-ideológicos das leituras oitocentista do 'D. Quixote': tónicas no sentido moralizante, na síntese do sentimento e do génio espanhóis, no realismo (contra o fantasismo dos romances de cavalaria), na tensão entre a historiocidade e a intemporalidade dos valores. Proposta do autor: 'D. Quixote' comporta um projecto crítico da ficcionalidade, a encenação, no seu discurso ficcional, do discurso fictício dos livros de cavalaria.

Resumo: Relação da obra do A. com a cultura europeia e com a cultura clássica, nomeadamente com o erotismo; o A. como tradutor/antologiador.

Resumo: A cultura clássica na obra de Pessoa (e na dos seus heterónimos). Algumas considerações acerca da tradução inglesa, feita por Pessoa, de um texto de Catulo e de circunstâncias amorosas ligadas à existência deste.