Resumo: Diversidade de motivos presentes nas digressões das 'Viagens na Minha Terra'. A busca de um local para o romance-dentro-do-romance. Potencial alegórico das descrições do declínio de Santarém. O posicionamento de Herculano sobre o património como modelo dos estudos arqueológicos de Garrett. As ambivalências de Garrett face às ordens religiosas.

Resumo: O dandismo e o don-juanismo garrettianos. Garrett (poeta e homem): entre o apelo do espírito e a atracção pelo esplendor da carne.

Resumo: O carácter pedagógico da vida e da literatura garrettianas. O valor atribuído por Garrett à liberdade, à instrução e à ilustração. Garrett e o iluminismo. Garrett e Rousseau. Sobre alguns pecadilhos conservadoristas de Garrett: a questão da educação pública e laica; a educação das mulheres.

Resumo: O engenho satírico, o empenho ideológico e a vivacidade jocosa do discurso presente em 'Fábulas e Contos'. Variantes entre as versões de 1820 e 1853. Certa comicidade garrettiana juvenil, a deixar resquícios na obra posterior.

Resumo: A poeticidade do retrato de Joaninha, assente em vários recursos. A contemplação da paisagem e a figura de Joaninha (sobretudo os «olhos verdes») como indutores de um íntimo estado lírico. A emancipação lírica de «Olhos Verdes!...» no contexto da prosa polimórfica das 'Viagens'. Delineamento do registo lírico nas 'Viagens'.

Resumo: Alterações na história externa e interna da língua portuguesa no período vivencial de Garrett. O discurso normativo e o processo de estatização do idioma. Final de setecentos/inícios de oitocentos: oficialização do ensino da gramática; dicionarização do idioma; desenvolvimento de uma teoria da vernacularidade e seus pressupostos. A democratização da escrita e o discurso na ideologia linguística. A formação de Garrett, a sua obsessão pela língua, o seu gosto pela discussão linguística e os vectores mais significativos do seu pensamento linguístico. Garrett e a defesa dos clássicos da literatura portuguesa. A «devoção filológica» de Garrett, expressa nas notas às suas obras. A concepção garrettiana do exercício literário como um lugar de encontro com toda a memória linguística portuguesa. A evolução da doutrinação linguística de Garrett no sentido de uma maior complexidade e menor dogmatismo. Garrett, «aristrocrata da língua», e o critério estético na definição do bom uso da língua.