Resumo: A ficção de romancista, a primeira entre as que contribuem para singularizar a posição de Camilo na literatura portuguesa. O processo da ficção de romancista em 'O Romance de Um Homem Rico'. A cena do nome na «Introdução», espaço de unidade da personagem, do narrador e do autor. Do conselho à verdade ou o nome de Camilo como um princípio de homogeneidade de uma obra literária. A verdade da amizade: duas figurações incompatíveis de romancista: a oposição entre o «homem» e a «obra»; a amizade enquanto efeito ficcional, enquanto motivo que se reproduz na novela camiliana.

Resumo: As comemorações do centenário da morte de Camilo: com honrosas excepções, olha-se para o que nele é adjectivo, esquecendo o que é substantivo - o poder criador de linguagem e de personagens. A redescoberta de Camilo em anos mais recentes ou o surgir de um novo camilianismo (mais exigente e mais interiorizado).

Resumo: A admiração de Régio por Camilo: uma daquelas que duram uma vida inteira. Régio, geralmente comedido nos adjectivos, mas intenso panegirista de Camilo (em detrimento de Eça). A atitude crítica de Régio perante Camilo e aquilo que nele valorizava. A questão da suposta vantagem do crítico praticante do ofício que critica.

Resumo: Os obstáculos determinantes nos dramas amorosos de Camilo: nobreza, linhagem, património; propriedade capitalista. A dramatização como objecto mercantil. A figura do «brasileiro» na ficção camiliana. O realismo de Camilo. As duas áreas sociogeográficas que a ficção de Camilo foca com maior relevo: o Porto e a ruralidade nortenha (Minho e entre Minho e Trás-os-Montes). A novela camiliana: comédia de costumes e tipos mas também novela passional. Violência, perdão e melodramatismo em Camilo. A íntima lição camiliana.