Resumo: A atitude pós-modernista de Saramago perante a verdade histórica instituída. O romance histórico de Saramago. O leitor nos bastidores da ficção.

Resumo: A crónica e o diário como géneros da data e da personalidade. A natureza íntima do diário. A questão da publicação no entendimento da crónica e do diário neste final de século. Problemas colocados pelos diários de José Saramago e de Eduardo Prado Coelho.

Resumo: Leitura de 'Uma Família do Alentejo', de João Domingos Serra, como material genético de 'Levantado do Chão', de José Saramago. O itinerário pessoal e familiar de Domingos Serra e o seu espaço histórico, político e social; a viragem no percurso literário de Saramago com a sua ida para o Alentejo e a descoberta do manuscrito de Domingos Serra; da intertextualidade à refiguração do intertexto.

Resumo: A ficção de José Saramago na linha de costura entre a certeza e o acaso. As negações do «grande realismo» e da ficção como o seu próprio possível, e as negações mais específicas em vários romances do autor. O romance como fábula.

Resumo: Caracterização sumária da obra de Saramago. Sentidos da viagem enquanto tema essencial na obra do A..

Resumo: Abordagem das coordenadas temáticas, estilísticas, imagéticas, simbólicas vigentes em 'Os Poemas Possíveis', seguindo a estruturação interna da obra.

Resumo: Análise do romance estudado: a intertextualidade, a colagem/montagem.

Resumo: O anacronismo de 'Terra do Pecado' e o afastamento do A. em relação às modas contemporâneas da sua publicação. Importância da concepção das personagens em 'Manual de Pintura e Caligrafia' para o desenvolvimento da obra de Saramago. 'Objecto Quase', e a sombra que projecta sobre a subsequente obra do A.. 'Levantado do Chão': obra de auto-ruptura, e de cristalização e de superação do neo-realismo. Novo horizonte compositivo presente no 'Memorial do Convento'.

Resumo: Problematização de 'O Ano de 1993' como alegoria. A cidade ocupada ao nível da sociedade tribal. História e pré-história. 'O Ano de 1993' e questão da literariedade poética. Real, narrativa e representação.

Resumo: Este artigo pretende explorar convergências e divergências entre 'A Viagem do Elefante' (2008) e 'Uma Viagem à Índia' (2010). Enquanto o livro de Saramago é composto a partir da viagem histórica de um elefante que, em 1551, foi levado de Lisboa a Viena, a epopeia de Gonçalo M. Tavares acompanha o itinerário, mais mental que físico, de um homem que parte de Lisboa em direção à Índia no início do século XXI. Os dois viajantes que atravessam a Europa, cada um a seu tempo e a seu modo, protagonizam dois livros repletos de processos de ironia. O primeiro, que chega a ter momentos cómicos, utiliza-a para reescrever a histórica situação que funciona como motor da narrativa; o segundo perfaz a estrutura épica lusíada, reescrevendo, portanto, não um dado da História, mas elementos literários. Além disso, ambos criticam o dinheiro e a religião (e suas práticas), revisitando o passado distante do século XVI e praticando uma escrita marcadamente irónica e subversiva para pensar, através da metáfora da viagem, o percurso e o destino da condição e natureza humanas.

Resumo: Dimensão espácio-temporal do começo. O início de um texto e as suas relações com o espaço. Sentidos do exórdio de 'História do Cerco de Lisboa' em relação com o questionamento da História.

Resumo: As condições favoráveis à reescrita da história da vida de Jesus. A emancipação do indivíduo das pretensões da verdade objectiva. 'O Evangelho segundo Jesus Cristo': inversão da retórica divina em sabedoria humana, baseada na ironia, na atenuação e na implicação.

Resumo: Ao privilegiar a mão esquerda e a mão feminina, subverte-se a ordem do discurso. O próprio ato de criação artística é redefinido através da base fisiológica do movimento da mão. Nesta linha de abordagem, a peculiar epistolografia da morte em 'As Intermitências da Morte' é interpretada como continuidade da caligrafia do pintor H. em 'Manual de Pintura e Caligrafia'.

Resumo: Como tantos outros escritores, Saramago recorre com frequência nos seus romances a um jogo autoconsciente de citação que revisita e atualiza temas tão antigos quanto o homem. Contudo, a sua estratégia de criação pela revisitação vai além das muitas formas pelas quais se pode recuperar o já dito: para falar de amor e do que mais lhe interessava abordar, Saramago vai servir-se igualmente de estratégias de representação próprias de outros ‘media’. O recurso não é novo na literatura, mas uma diferença crucial de Saramago em relação a alguns dos escritores oitocentistas que lhe serviram de referência, como Almeida Garrett, é o facto de ele ter escrito no tempo de um ‘media’ que desenvolveu uma linguagem muito específica, inclusive para tratar de amor: o cinema.

Resumo: Parentesco entre Saramago e Borges. Sentidos e valores mítico-simbólicos da «peregrinatio» do Sr. José.