Resumo: A tradução portuguesa de 'Hamlet' por Sophia de Mello Breyner Andresen: o «mundo sem Deus e sem santos» de Shakespeare revelado pela vibração e reverberação poéticas da escrita; de como as ideias e as emoções do tradutor deixam marcas no texto traduzido; a poesia como lugar fulcral de encontro entre Sophia e Shakespeare permitindo que a tradução preserve o teatro.

Resumo: O mar, a natureza, a cidade, o tempo dividido, o tempo absoluto e outras linhas imagéticas e temáticas na obra poética de Sophia. A poesia de Sophia como a poesia da liberdade e da dignidade do ser.

Resumo: A poética macrotextual de Sophia de Mello Breyner Andresen. A função cognitiva e pedagógica do olhar e do ouvido, e da experiência: a realidade fenoménica como centro do dizer poético; o equilíbrio interior e exterior na base da criação poética; a poesia como encontro primigénio; os enunciados dicotómicos bem versus mal, justiça versus iniquidade, tempo vivido versus tempo dividido, pátria ideal versus pátria perdida.

Resumo: A poesia programaticamente impessoal de Sophia, mas não des-subjectiva e alheia a expressões de afectividade. A prática de essencialidade da sua poesia e as virtudes da «sophia» de Sophia. Apolo e Dioniso na poesia de Sophia. A ausência de contradições, de um «pensamento» e a não evolução da sua obra.

Resumo: A crítica à poesia de Sophia. Traços-temas do seu universo poético: verticalidade na afirmação do real; o carácter escultórico vibrante da paisagem humana; a recusa da cidade e do tempo da história; o negativo como deterioração e não como contradição; diferentes dimensões de exílio e o mito de um universo sem divisão; valorização da acção e do produto em desprimor do agente; a transformação da religiosidade cristã no confronto com a divindade grega.

Resumo: Leitura das divindades gregas em Sophia de Mello Breyner Andresen a partir do terror: o terror da transcendência e o terror da imanência; cosmos e caos, e a «treva interior»; a superioridade e a hostilidade dos deuses; deuses cruéis e deuses filantrópicos.

Resumo: O lugar de Sophia no processo de emancipação da criação literária portuguesa de autoria feminina. «Consolatio Philo-Sophiae»: Sophia retratada, no espaço liminar da sua antologia, como elemento da linhagem antiga de personagens femininas portadoras de sabedoria. O sexo da poesia ou a diferença simbólica entre o feminino e o masculino no espaço poético de Sophia. A autora identificando Fernando Pessoa com Orpheu e Ulisses. A conjunção feminina e maternal de Sophia aplicada terapeuticamente ao universo fragmentado, disjuntivo e orfão de Fernando Pessoa. Sophia e o diálogo com a alteridade radical e antitética de Álvaro de Campos. A «Glosa» de Sophia, espaço de cruzamento, não de confluência.

Resumo: O intervalo entre universo mítico e universo real, ou entre deuses e homens, na poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen: a necessidade da sua reconstituição e a vivência da «condição divina»; o ofício sacral do poeta; a poética do objeto: descrição do real e descrição realista; a poesia como lugar da palavra que salva da destruição.

Resumo: Sophia entre a sua contemporaneidade e entre poetas seus contemporâneos: a visão do mundo do poeta e a ligação deste com as coisas. Pensar o mundo como real circundante e como perceção subjetiva; intersubjetividade.

Resumo: O que toca os universos poéticos de Sophia de Mello Breyner Andresen e Herberto Helder: a intensidade do mundo dita na relação de som e imagem: o re-fazer do mundo, o 'religare' como meta de poesia; o cinema na poesia.

Resumo: Os lugares da infância e de identidade coincidentes nas obras dos primos Ruben A. e Sophia de Mello Breyner Andresen: os espaços, os cheiros, as imagens, as sensações táteis; processos retóricos para o universo rememorado; o lugar privilegiado da casa/quinta: a sede de uma família ou de uma linhagem.

Resumo: O texto como conflito morfo-sintáctico entre um sujeito actante e o «anjo». As representações práxico-pática e lógica do conflito: o modelo fundamental (o quadrado semiótico). Dos programas narrativos às operações profundas. A domesticação do «anjo».

Resumo: O motivo das «palavras» em alguns poetas contemporâneos.