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Nuno Júdice (1949-2024)
Director da revista Colóquio/Letras : 2009-2024 Nuno Júdice nasceu na Mexilhoeira Grande (Algarve) em 29 de Abril de 1949. Fez os estudos secundários no Liceu Camões e formou-se em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa, onde foi aluno de Luís Filipe Lindley Cintra. Entre 1972 e 1977 foi docente do ensino secundário em Lisboa. Viveu em Berna, na Suíça, na década de 80. Foi professor da Universidade Nova de Lisboa, onde se doutorou na área de Literaturas Românicas Comparadas com uma tese sobre O Espaço do Conto no Texto Medieval, orientando seminários em Literaturas Ibéricas Comparadas, Poesia moderna e contemporânea, Teoria e crítica literárias. Assinou vários livros de ensaio, para além de crítica regular em jornais e revistas. Foi poeta e ficcionista, tendo publicado o primeiro livro de poesia em 1972, por intermédio de Fernando Assis Pacheco. Em França está representado na colecção Poésie/Gallimard e na editora Fata Morgana, e em Espanha na colecção Visor de Poesia, da editora Hipérion. Colaborou em acções de divulgação da cultura portuguesa no estrangeiro, comissariando a área de Literatura da Exposição Universal de Sevilha, em 1992, e da Feira do Livro de Frankfurt dedicada a Portugal em 1997. Foi nomeado em 1997 conselheiro cultural da Embaixada de Portugal e director do Instituto Camões em Paris, cargos que exerceu até Fevereiro de 2004. Manteve uma actividade permanente de divulgação da cultura portuguesa, através de conferências, colóquios e exposições, tendo acompanhado o processo que levou Portugal a ser o país tema no Salon du Livre de Paris em 2000. Coordenou, com Fernando Pinto do Amaral, os seminários de tradução de poesia organizados bianualmente pela Fundação Casa de Mateus e foi membro permanente do júri do Prémio D. Dinis dessa Fundação. Traduziu poesia anglo-americana (Poemas e Cartas de Emily Dickinson, 2000), espanhola (entre outros a Diana de Jorge de Montemor, 2001), francesa (em antologias como Sud-Express, 1993). Traduziu peças de teatro de Corneille (Sertório, para o Teatro da Cornucópia, e A Ilusão Cómica para o Teatro Nacional de S. João no Porto), de Molière (D. Juan, para o Teatro Nacional de S. João), Shakespeare (Love Labor’s Lost, com o título Tanto Amor Desperdiçado, para o Teatro Nacional D. Maria II), sendo também autor de várias obras teatrais. Organizou a Primeira Semana Europeia de Poesia quando Lisboa foi Capital Europeia da Cultura em 1994. Participou regularmente em encontros de poesia, destacando-se a Bienal de Liège, o Festival de Medellín, o de Roterdão, o «Encontro de Poetas do Mundo Latino» no México, a Cosmopoética em Córdova e o Festival de Poesia do Chile, podendo referir-se a intervenção em festivais na Turquia (Izmir), na Tunísia (Monastir) e em Marrocos (Rabat e Casablanca). Em Espanha fez leituras em Madrid na Residencia de Estudiantes, no Círculo de Bellas Artes e na Casa de América, e em Barcelona na Aula de Poesía, para além de participar em festivais em Granada e Valladolid, e no Encontro de escritores em Gijón. Foi membro da redacção da revista O Tempo e o Modo entre 1969 e 1974. Dirigiu entre 1996 e 1999 a revista de poesia Tabacaria, da Casa Fernando Pessoa, e a revista Colóquio/Letras desde Janeiro de 2009. Foi atribuído o seu nome ao Prémio de Poesia da Câmara Municipal de Aveiro. Foi curador para a área cultural da Fundação José Saramago, criada em 2008. Recebeu em Portugal o
grau de Oficial da Ordem de Santiago e Espada e em França o de Officier
des Arts et des Lettres. Obras: Poesia: A Noção de Poema
(1972), O Pavão Sonoro (1972), Crítica Doméstica dos Paralelepípedos
(1973), As Inumeráveis Águas (1974), O Mecanismo Romântico
da Fragmentação (1975), Nos Braços da Exígua Luz (1976),
O Corte na Ênfase (1978), O Voo de Igitur Num Copo de Dados
(1981), A Partilha dos Mitos (1982), Lira de Líquen (1985),
A Condescendência do Ser (1988), Enumeração de Sombras
(1989), As Regras da Perspectiva (1990), Uma Sequência de
Outubro (1991), Obra Poética 1972-1985 (1991), Um Canto
na Espessura do Tempo (1992), Meditação sobre Ruínas (1994),
O Movimento do Mundo (1996), Poemas em Voz
Alta (com CD de poemas ditos por Natália Luiza) (1996), A Fonte
da Vida (1997), Raptos (1998), Teoria Geral do Sentimento
(1999), Poesia Reunida 1967-2000 (2001), Pedro Lembrando Inês
(2001), Cartografia de Emoções (2002), O Estado dos Campos
(2003), Geometria Variável (2005), Geografia do Caos
(com fotografia de Duarte Belo) (2005), As Coisas mais Simples
(2006), A Matéria do Poema (2008), O Breve Sentimento do
Eterno (2008), Guia de Conceitos Básicos (2010). Ficção: Última Palavra:
«Sim» (1977), Plâncton (1981), A Manta Religiosa
(1982), O Tesouro da Rainha de Sabá. Conto Pós-Moderno (1984),
Adágio (1984), A Roseira de Espinho (1994), A Mulher
Escarlate (1997), Vésperas de Sombra (1998), Por Todos
os Séculos (1999), A Árvore dos Milagres (2000), A Ideia
do Amor e Outros Contos (2003), O Anjo da Tempestade (2004),
O Enigma de Salomé (2007), Os Passos da Cruz (2009). Ensaio: A Era do
«Orpheu» (1986), O Espaço do Conto no Texto Medieval (1991),
O Processo Poético (1992), Portugal, Língua e Cultura. Comissariado
para a Exposição de Sevilha (1992), Voyage dans un Siècle
de Littérature Portugaise (1993), Viagem por Um Século de Literatura
Portuguesa (1997), As Máscaras do Poema (1998), B.I.
do Capuchinho Vermelho (2003), A Viagem das Palavras. Estudo
sobre Poesia (2005), O Fenómeno Narrativo, do Conto Popular
à Ficção Contemporânea (2005), A Certidão das Histórias
(2006). Teatro: Antero
— Vila do Conde (1979), Flores de Estufa (1993), Teatro
(2005), O Peso das Razões (2010). Edições críticas e antologias: Novela Despropositada
de Frei Simão António de Santa Catarina, o Torto de Belém (1977),
Poesia de Guerra Junqueiro (1981), Poesia Futurista Portuguesa.
Faro 1916-1917 (1981; 2.ª ed. 1993), Sonetos
de Antero de Quental (1992), Cancioneiro
de D. Dinis (1998), Infortúnios Trágicos da Constante Florinda
de Gaspar Pires de Rebelo (2005). Prémios
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